Prateleira de supermercado com etiquetas eletrônicas de preços exibindo valores variados em alta resolução

Contar a história da precificação dinâmica em supermercados é como observar uma transformação silenciosa, mas radical. Nos últimos anos, esse conceito deixou de ser um mero experimento para se tornar rotina em grandes redes internacionais. Preços que mudam ao longo do dia, adaptando-se ao comportamento do consumidor, clima, estoque e até mesmo ao horário: isso não é mais ficção, é realidade, especialmente em países como Noruega e Estados Unidos.

Por que os supermercados estão adotando a tarifa dinâmica?

As tendências do varejo mostram que não se trata de uma simples busca por lucro imediato, mas sim pela necessidade de sobreviver em mercados altamente dinâmicos competitivos, cada vez mais influenciados pelo digital. Supermercados europeus e americanos estão diante de consumidores mais informados, exigentes e atentos a qualquer variação de preço. Precificação estática já não faz sentido em ambientes onde tudo muda tão rapidamente.

Nesse caminho, etiquetas eletrônicas de prateleira ganham espaço. Elas permitem mudanças automáticas nos preços, em questão de segundos, e eliminam a necessidade do funcionário ir até a gôndola trocar etiquetas de papel.

A inteligência artificial vem potencializando essa transformação, analisando grandes volumes de dados de vendas, estoques e comportamento do consumidor para ajustar automaticamente os preços em tempo real. Isso torna o processo mais preciso e reduz a dependência de decisões manuais ou baseadas em intuição.

Etiquetas eletrônicas em prateleira de supermercado

Já existem casos de lojas em que o preço de um mesmo produto pode mudar até 100 vezes em um único dia. Isso mesmo.

Preços que piscam como luzes. O cliente quase nunca vê igual duas vezes.

Nesses estabelecimentos, produtos próximos do vencimento recebem reduções rápidas e automáticas, baixando gradativamente o valor para evitar perdas. Itens de baixa saída também entram nessa dança. Esse cenário não apenas reduz o desperdício, mas, ao que tudo indica, diminui custos ambientais (pesquisa da Rady School of Management, a precificação dinâmica pode reduzir o desperdício de alimentos em até 21% - só para se ter ideia, no Reino Unido, os supermercados são responsáveis por cerca de 300 mil toneladas de alimentos desperdiçados anualmente) e operacionais com papel e tinta.

Precificação pelo clima e demanda: casos dos EUA

Nos Estados Unidos, supermercados vêm testando variações de preço que vão além da previsão de vendas. Algo que pode parecer até intuitivo: se está calor, o preço de sorvetes pode subir; se começa a chover, guarda-chuvas podem ficar mais caros. E tudo isso é feito automaticamente, pelas etiquetas eletrônicas. O mesmo com base no fluxo de clientes, no horário e mesmo em feriados. É uma combinação poderosa. Nem sempre o preço depende só da oferta e procura, mas também de variáveis instantâneas, como eventos locais ou, claro, o clima.

Como funcionam os algoritmos de precificação dinâmica?

Talvez esse seja o ponto que mais gera curiosidade.

Os algoritmos funcionam como cérebros estatísticos, reunindo em tempo real dados de vendas, estoques, histórico, concorrência e até sentimento digital dos clientes. Com base nisso, mudam preços sem que ninguém precise mexer diretamente no sistema. Caso o estoque de frios esteja alto e a validade se aproxime, os preços caem. Tudo automático.

  • Demanda: volume de vendas/detalhes históricos;
  • Clima: integrações com previsões meteorológicas;
  • Estoque: baixa ou alta disponibilidade aciona a mudança;
  • Horário: pico de movimento gera ajustes, horários ociosos incentivam promoções;
  • Comportamento do consumidor: reações e interações na loja física e digital;

Soluções como o ouran avançam nessa direção, pois permitem a análise e monitoramento do comportamento dos clientes em tempo real, além de integração total com ERPs e suporte para campanhas baseadas em dados. Em alguns casos, a inteligência artificial já se tornou peça chave na precificação do setor, tal que modelos conseguem prever a demanda com precisão de até 99%, permitindo planejar promoções e reposições de estoque com antecedência e evitar desperdícios.

Com o omnichannel cada vez mais presente, preços do online também são capazes de influenciar o que acontece no físico.

O desafio de explicar a precificação dinâmica ao consumidor

Esse talvez seja um dos maiores dilemas. Afinal, até que ponto o consumidor aceita pagar valores diferentes pelo mesmo produto dependendo do momento da compra?

Quando se fala em benefícios como liberar o RH da tarefa manual de trocas de etiquetas ou permitir promoções segmentadas conforme horários de menor movimento, muitos gestores aprovam. Mas as dúvidas são naturais.

O preço que hoje é um, amanhã pode ser outro. Aceitamos isso sem questionar?

Se por um lado o setor fala em benefícios, por outro existe o risco de parecer oportunismo. A automação resolve parte da operação, mas exige explicação clara para não abalar a confiança.

Argumentos e dúvidas sobre o impacto no varejo

O fato é que o movimento da precificação dinâmica está longe de ser unânime. Os pontos positivos principais são:

  • Ganhos operacionais: Menos erros, automação na troca de preços, campanhas rápidas em todas as lojas, redução de perdas ao baixar preços para estoques com vencimento próximo.
  • Redução de custos ambientais: Menor uso de papel e tinta por etiquetas eletrônicas.
  • Corte de desperdício: Ofertas-relâmpago para produtos que, caso contrário, seriam descartados.

Alguns especialistas alertam, contudo, para a importância de manter equilíbrio entre eficiência operacional e percepção de justiça de preços, garantindo que a prática não gere desconfiança do consumidor.

Legislação e desafios no Brasil

De fato, não há como ignorar. O Código de Defesa do Consumidor determina que, independentemente do sistema, o valor que estiver na etiqueta da gôndola deve ser respeitado no caixa. Se houver diferença, ganha o consumidor. Isso coloca a clareza das informações como prioridade, o que só reforça a importância de sistemas precisos e comunicação direta. Em momentos de crise, o planejamento de custos acaba sendo a diferença entre o sucesso e o fracasso das redes. A clareza das informações e o cumprimento da legislação são fundamentais para manter a confiança do público e evitar conflitos no ponto de venda.

Mudança automática de preço em prateleira de supermercado Precificação dinâmica como tendência e a relação com a tecnologia

Observar o avanço de plataformas tecnológicas como o ouran, me faz crer que o varejo físico está vivendo uma transformação inevitável. Sistemas conectados à nuvem, uso crescente de dados e automação operacional permitem que a estratégia de preços seja refinada em tempo real, refletindo a realidade do negócio e melhorando métricas, como o NPS. A automação impulsiona campanhas segmentadas, economia ambiental e um atendimento mais rápido.

Para quem quiser se aprofundar nessas discussões, sugiro ler também os artigos sobre como analisar indicadores e métricas no artigo sobre KPIs no varejo físico ou estudar como as campanhas omnichannel transformam as lojas.

Ainda há dúvidas e cautela, principalmente sobre o impacto final no consumidor brasileiro. Mas vejo que, com transparência, respeito à legislação e atenção à experiência do cliente, a precificação dinâmica pode contribuir para um varejo mais ágil e sustentável. Automatizar, integrar e medir, usando plataformas que acompanham de perto o que se passa no ponto de venda, é hoje uma oportunidade, e talvez, cedo ou tarde, uma necessidade.

No varejo inteligente, etiquetas digitais, sistemas em nuvem e plataformas analíticas, como o ouran, permitem monitorar em tempo real o desempenho das lojas, identificar oportunidades de promoção e ajustar preços conforme demanda e sazonalidade. A automação reduz erros, melhora a sustentabilidade e amplia a competitividade.

Conclusão

Encerro este artigo com uma visão que deixo de forma aberta. A precificação dinâmica já é uma realidade lá fora, avança rapidamente em alguns setores do Brasil e traz desafios tão grandes quanto as oportunidades. Entender esses movimentos e buscar soluções tecnológicas eficientes faz toda diferença. Se quiser saber como aplicar inovação, análise de dados e integração de sistemas no seu supermercado, recomendo conhecer melhor o ouran. Informação boa é aquela que gera ação, e transformar a gestão de preços pode ser o próximo passo no seu varejo.


Perguntas frequentes sobre precificação dinâmica em supermercados

O que é precificação dinâmica em supermercados?

Precificação dinâmica em supermercados é o ajuste automático dos preços dos produtos ao longo do dia, com base em fatores como demanda, estoque, clima, horários e comportamento do consumidor. Isso é possível graças a etiquetas eletrônicas e sistemas conectados, que tornam o processo rápido e flexível.

Como funciona a precificação dinâmica?

Funciona por meio de algoritmos que consideram diversas variáveis, como volume de vendas, tempo de validade do estoque, clima e horários de pico. Essas informações são processadas continuamente, permitindo que os preços mudem automaticamente nas prateleiras, sem intervenção manual. Plataformas como o ouran integram dados e possibilitam ajustes em tempo real.

Quais os desafios da precificação dinâmica?

Os principais desafios são a aceitação do consumidor, a comunicação clara para evitar desconfiança, o respeito à legislação (como garantir que o preço na gôndola seja sempre honrado) e a necessidade de gestão cuidadosa dos algoritmos. Também há discussões éticas sobre transferir variações de custos ao cliente e o debate sobre se a prática realmente traz benefícios no longo prazo.

É vantajoso adotar precificação dinâmica?

Pode ser vantajoso, pois reduz perdas, otimiza promoções, melhora o atendimento e permite uma operação mais ágil e adequada aos diferentes momentos do dia. No entanto, é preciso cautela: os ganhos só aparecem quando há transparência, respeito às normas e boa comunicação com o consumidor.

Existem exemplos reais dessa prática?

Sim, já existem diversos casos na Europa e nos EUA onde supermercados já usam algoritmos para atualizar valores conforme o clima e fluxo de clientes. Esses exemplos mostram que a precificação dinâmica está em constante evolução e tende a ganhar espaço no setor supermercadista global.

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José V. D. Monteiro

SOBRE O AUTOR

José V. D. Monteiro

José Vitor é um entusiasta de tecnologia e inovação aplicado ao varejo, dedicado a explorar soluções que elevam a performance das operações comerciais, aproximando o varejista do consumidor e das tendências que realmente geram resultados.

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